A beleza natural pode ser trazida à lógica projetual. Leve, clara, rica, mas também viva. O projeto dá luz ao natural por suas associações, por sua capacidade de mimetização e poesia materializada.
As Dolomitas, por sua brutalidade visível, formam linhas íngremes que rumam para o topo, para a infinidade do céu. O infinito é mais ameno quando olhamos pra ele com humildade. Como disse Giacomo Leopardi:
“Sempre caro mi fu quest’ermo colle,
E questa siepe, che da tanta parte
Dell’ultimo orizzonte il guardo esclude.
Ma sedendo e mirando, interminati
Spazi di là da quella, e sovrumani
Silenzi, e profondissima quiete
Io nel pensier mi fingo; ove per poco
Il cor non si spaura. […]” - L’Infinito - 1819
“Sempre querido me foi este ermo monte,
E este cercado, que de tanta parte
Do último horizonte a vista exclui.
Sentado aqui, e olhando, intermináveis
Espaços para além dele, e sobrehumanos
Silêncios, e profunda quietude,
Eu no pensar me imagino; onde por pouco
O coração não teme. […]” - O Infinito - 1819
A forma que o projeto toma busca o céu, seu traçado mira o topo da edificação com linhas retas que passam o coroamento sutil. A materialidade e seus tons buscam a similaridade com esta cadeia montanhosa no inverno italiano.
O conceito é materializado por suas ligações, mas traz consigo o aproveitamento e critérios modernos de uso, caracterização e sustentabilidade. Os apartamentos individualmente possuem vistas privilegiadas e aproveitamento de iluminação natural em todos os ambientes. As vistas do hall de apartamentos bem como das áreas comuns também almejam essa ligação com o entorno privilegiado.
A sutileza dos detalhes, o embasamento técnico, o conceito vivo e a materialidade rica concretizam o que o alto padrão é por definição.